quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA COM DEAD FISH PARA PORTAL ROCK PRESS


Era começo dos anos noventa. O rock pulsava nas veias na mesma intensidade que os hormônios pulavam feitos loucos na cabeça de uns rapazes que resolveram montar uma banda na capital do Espírito Santo. Até aí nada demais, pois o que mais surgia naquela época era banda de rock. De hardcore então, nem se fala. Naqueles tempos era quase obrigatório cantar em inglês – a desculpa mais usada era “que soava melhor”. Assim era o Dead Fish.
A banda é uma das pouquíssimas sobreviventes desse cenário, resistindo N vezes de virar mais um número nas estatísticas e hoje, quase 18 anos depois, é um dos mais importantes nomes do hardcore nacional, responsável por carregar milhares de pessoas ao mais de 1500 shows realizados em mais de 120 cidades que passaram. E tudo isso não se deve apenas por ter assinado com uma gravadora grande. Antes disso, já tinha um público fiel que acompanhava os meninos quando ainda eram independentes.
O Dead Fish tem uma particularidade: já vendeu mais de 350 mil discos sem ter a preocupação de cantar histórias de amores mal resolvidos ou dor de chifre. Mesmo com a maior exposição que conquistaram pós-Deck Disc, não mudaram o discurso de suas mensagens sempre recheadas de protestos. Talvez por isso que não se pode esperar a banda em programas dominicais ou mesmo na trilha sonora de Malhação. Este é o preço (ou a vantagem) de não ser igual.
Enfim o Dead Fish lança Contra Todos, que representa uma nova fase na trajetória da banda, agora com apenas uma guitarra, com as letras mais diretas e o som mais rápido. “Que tenha pressa quem quiser me alcançar”, alertam em uma das músicas. São 14 canções que mostram a banda madura e cada vez mais metropolitana, já que adotou São Paulo como base. Um Dead Fish talvez nunca visto (ouvido) antes.
O disco marca também a última participação de Nô, o baterista e espinha-dorsal do Dead Fish que recentemente deixou a banda – substituído por Marcão, que também toca na lendária Ação Direta e no recém-nascido Musica Diablo.
Ano de 2009. Com mais de três décadas de vida os meninos mostram que de “dead” não têm nada e que estão dispostos a ficar por muito tempo na estrada ocupando aquilo que chamam de “o melhor trabalho do mundo”. Para contar um pouquinho desse percurso e para falar um pouco de cada faixa do disco novo, conversei com Rodrigo Lima, o vocalista, um dos melhores exemplos do que não seguir.
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